Carla Carinhas Membros - Adm
Pais Residente : Localização : Brasil - Paraná - Curitiba Data de inscrição : 25/09/2007 Número de Mensagens : 6397 Idade : 59 Humor : Sempre Alegre
| Assunto: Angola Informação. Ter Dez 29, 2009 3:51 pm | |
| Dados Gerais
Nome Oficial: República de Angola Capital: Luanda Províncias: 18 (Bengo, Benguela, Bié, Cabinda, Kuando-Kubango, Kwanza-Norte Kwanza-Sul, Cunene, Huambo, Huíla, Luanda, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Malange, Moxico, Namibe, Uíge e Zaire) com 193 municípios e 475 comunas. Ponto Mais Elevado: Monte Môco 2.620m (Huambo) Presidente: José Eduardo dos Santos Governo: Democracia Pluripartidária com sistema semi-presidencialista População: 15,1 milhões de habitantes Superfície: 1.246.700Km2 Moeda: Kwanza (Kz) Língua Oficial: Português Electricidade: 220 V, 60 Hz Hora: GMT +1 Indicativo Telefónico Internacional: 244
A República de Angola tem uma área de 1.246.700 km² e situa-se na costa ocidental da África austral. Foi a última colónia portuguesa a tornar-se independente, em 11 de novembro de 1975, sob o comando de Agostinho Neto, depois de 14 anos de luta. Depois da Independência, o país viveu duros momentos de uma guerra que durou até o primeiro trimestre de 2002.
O país divide-se em 18 províncias e tem como capital a cidade de Luanda. Com uma extensão de 4.837 Km, as suas fronteiras terrestres localizam-se a norte da província de Cabinda com o Congo Brazzaville; a norte e a leste com a República Democrática do Congo (ex-Zaire); a leste com a Zâmbia e ao sul com a Namíbia.
Angola tem uma costa de 1.650 km banhada pelo Oceano Atlântico. Os seus principais portos são Luanda, Lobito e Namibe. O ponto mais alto do país é o Monte Moco (2.620 m), localizado na Província do Huambo. Cerca de 60% do território são planaltos de 1.000 a 2.000m e com uma rede hidrográfica privilegiada ao nível do continente, Angola tem como principais rios o Kwanza, o Zaire, o Cunene e o Cubango.
O número estimado de habitantes, em 2004, era de 15.1 milhões de habitantes. As estimativas mais recentes apontam para uma população de 16 milhões em 2010.
A língua oficial é o Português, mas Angola tem várias línguas nacionais, como o umbundo, kimbundo, kikongo, chokwe, mbunda, luvale, nhanheca, gangela e o xikuanyama.
A população é predominantemente cristã, e a religião católica é a mais difundida, com uma estimativa de 51% de praticantes no conjunto da população.
História Os dados arqueológicos sobre a ocupação do território angolano remontam ao Paleolítico. No Deserto do Namibe por exemplo, forem encontradas gravuras rupestres nas rochas. Nos primeiros 500 anos da era actual, Angola foi afectada directamente pela expansão do povo bantu, que migrou da África Central. O primeiro grupo, chamado kikongo, chegou ao Rio Congo (ou Zaire), por volta do Século XIII. E, com o passar dos séculos, foram chegando os jagas, os ngangela, os nhanecas, os hereros, os ovambos, os kyokos e, por último, já no Século XIX, apareceu o último povo que veio instalar-se em Angola: os cuangares (ou ovakwangali).
A chegada dos primeiros europeus data de fins do século XV, em 1482, quando o navegador Português Diogo Cão aportou à foz do rio Congo ou Zaire. Na então capital do reino do Congo, a ainda hoje existente cidade de Mbanza Congo, no norte de Angola, o rei recebeu os estrangeiros como amigos e deixou-os converter ao cristianismo, tomando o nome de Afonso I, criando assim uma aliança entre os dois estados.
Do reino do Congo dependiam outros reinos menores mais a sul, como o da Matamba e o do Ndongo, de cujos soberanos, os ngola, provirá mais tarde o nome de Angola. A resistência desses três reinos à penetração colonial será practicamente esmagada na segunda metade do século XVII, no curto espaço de vinte anos: Congo (1665), Ndongo (1671), e Matamba (1681). Em 1700, os portugueses dominavam em Angola uma área de 65 mil quilómetros quadrados, com o único objectivo de manter abertas as rotas de escravos - mercadoria dominante do comércio naquela época, os quais eram exportados para Portugal, Brasil, Antilhas e América Central.
Em fins do século XVIII, o Marquês de Pombal, o todo-poderoso ministro do Rei de Portugal, fez uma tentativa de se explorar as riquezas do país, contudo a tentativa falhou por falta de apoio da metrópole que estava mais interessada no desenvolvimento do Brasil com base nos escravos angolanos. Angola teve assim de continuar a manter o seu título de “mina da escravaria”.
A Conferência de Berlim, em 1885, estabeleceu o direito público colonial, e tratados entre Portugal, França, o Estado Livre do Congo (Belga), Grã-Bretanha e Alemanha definiram as fronteiras actuais de Angola. Para os angolanos, a abolição do tráfico de escravos, em 1836, e o fim oficial da condição do escravo, em 1878, não alteraram o fundo da questão, continuando a exploração das grandes massas trabalhadores angolanas por parte do poder colonial a ser feita sob forma do chamado contrato. Essa situação vai agravar-se com a política colonial do regime de Salazar, a partir dos anos 30 do século XX.
Independência
As lutas de Libertação de Angola, entre 1971 e 1974, travada por três movimentos de libertação - MPLA, UPA/FNLA e UNITA - contra o colonialismo português, culminariam na Proclamação da Independência, à meia-noite de 11 de Novembro de 1975, em Luanda, por intermédio de Agostinho Neto. Apesar disso, ainda foram enfrentados mais 27 anos de guerra civil até que a paz se instalasse definitivamente no País.
A queda da ditadura salazarista em Portugal, a 25 de Abril de 1974, impõe ao Governo português a necessidade de resolver a questão da Independência de Angola. Em Janeiro de 1975 são assinados os “Acordos de Alvor”, em que Portugal atribui ao MPLA, FNLA e a UNITA o estatuto de "únicos e legítimos representantes do povo de Angola".
O Artigo 3º define a antiga colónia como "entidade una e indivisível nos seus limites geográficos e políticos actuais", tendo Cabinda como parcela "integrante e inalienável", invocando os Tratados de Simulambuco do século XIX.
Após a morte de Agostinho Neto, em 1979, ascende José Eduardo dos Santos a presidente de Angola. Em 1991, é implementado o multipartidarismo no país. Em 1992, a República Popular de Angola, nascida em 1975, passa a denominar-se República de Angola e são realizadas as primeiras eleições gerais democráticas sob supervisão da ONU. A vitória do MPLA foi contestada pela UNITA, gerando o reinício da guerra civil.
Nem mesmo a assinatura dos Acordos de Paz de Lusaka, em 1994 na capital zambiana, tendo como signatários o Governo e a UNITA, resolveu o conflito armado pós-eleitoral, que só conheceu o seu fim em Abril de 2002.Dados: FONTE: GOVERNO DE ANGOLA | |
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