S. Tomé e Príncipe

Tina:
Obrigado; "bananeiras de jardim" .
As imagens do cacau estão nota dez.

Bjs,

Tina:

Deu para aprender; mas não vou tentr fazer o mesmo.

Bjs,

Ilha do Príncipe

Incursão por uma roça na Ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe). As roças do Príncipe viveram grande apogeu e fausto até o início do século XX.

Roça na Ilha do Príncipe

Santo António do Príncipe

Situada na Ilha do Príncipe, a segunda do arquipélago que constitui a República Democrática de São Tomé e Príncipe, a cidade de Santo António do Príncipe deve o seu nome ao facto de aquela ilha ter sido descoberta no dia dedicado àquele Santo português e ainda por ser ao Príncipe destinado o imposto ao açúcar produzido na ilha.
Capital durante cem anos, entre os séculos XVIII e XIX, estatuto que perde em 1852, está toda ela rodeada de indescritíveis belezas naturais, vegetação luxuriante e praias paradisíacas. Tem-se firmado na aposta ao turismo para o seu desenvolvimento.

Santo António





(retirado da net)

Praias no Príncipe



Praia vista do ar...



(retirado da net)

Sobre os Angolares

Em 1954 a Brigada de Etno-sociologia de São Tomé, chefiada por Almeida, tinha como um dos objectivos o estudo dos Angolares, um grupo cultural e linguisticamente distinto desta ilha. Almeida acreditou, embora não com "segurança indiscutível, numa história divulgada nos meados do século XIX que diz que os Angolares são descendentes dos sobreviventes de um navio de escravos vindo de Angola, naufragado na costa sudeste da ilha em meados do século XVI. Além disso, afirmou que "o dialecto privativo dos Angolares é o quimbundo". O motivo do estudo da antropologia física destes Angolares era resolver o problema da ascendência deste interessante agregado populacional. A equipa de Almeida examinou 68 registos descritivos e merísticos em cada um de cem Angolares do sexo masculino. Almeida acreditava ter conseguido estudar uma centena de indivíduos com as maiores probabilidades de inexistência de sangue de outra origem étnica. Com isso referia-se aos forros, os crioulos marioritários da ilha. Esta postulada homogeneidade dos Angolares era surpreendente, visto que o próprio Mendes Corrêa tinha suposto que eles não constituíam um tipo uniforme, mas uma mistura racial de pessoas fortes.

Uma famílar angolar início do séc. XX


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Consultando documentos e publicações antigos sobre São Tomé, Almeida encontrou no livro Corographia Histórica das Ilhas de S.Thomé, Príncipe, Anno Bom e Fernando Pó de Raimundo Cunha Matos (1842) as primeiras referências concretas aos Angolares. De facto, foi Cunha Matos (1776-1839), militar em São Tomé de 1797 a 1814 e governador de 1816 a 1817, quem divulgou a primeira informação publicada sobre os Angolares e o naufrágio, cuja data calculou entre 1540 e 1550, porém, sem qualquer fonte documental. Além disso, Almeida consultou outros autores portugueses que mais tarde escreveram sobre os Angolares: Lopes de Lima (1844), Melo e Almada (1884), Nogueira (1885), Almada Negreiros (1895) e Ernesto de Vasconcelos (1896), mas não questionou os elementos adicionais, como o lugar do naufrágio e o número dos sobreviventes com que Lopes de Lima e Nogueira enriqueceram a lenda do naufrágio sem qualquer fonte documental.
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O linguista luso-sulafricano Luís Ferraz, que visitou São Tomé nos fins de 1969, foi o primeiro investigador que defendeu a hipótese de os Angolares serem descendentes de escravos fugidos. Ferraz constatou imediatamente que não falam uma língua Bantu, como Almeida tinha afirmado, mas um crioulo com uma relação distante com a lungwa santome, o crioulo dos forros. Levantou a questão de como os Angolares podem falar um crioulo baseado no português, embora vivessem em isolamento completo do resto da população durante tanto tempo. Ele acreditou que escravos fugidos tinham sido expostos às fases formativas da lungwa santome. Subsequentemente o isolamento dos Angolares resultou no desenvolvimento de um crioulo diferente, da lunga ngola. Muitos dos escravos fugidos devem já ter tido algum conhecimento da lungwa santome, pois esta partilha 67 por cento do seu léxico com o crioulo dos Angolares. Pesquisas linguísticas seguidas por outros peritos em línguas crioulas do Golfo da Guiné confirmaram as teses de Ferraz.
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De facto, a hipótese do naufrágio será uma antiga tradição oral que provavelmente emergiu no seio da população local no séc. XVII para explicar a presença de negros gentios estranhos no interior da ilha, fora do controle do governo colonial. Esta lenda foi publicada pela primeira vez por Cunha Mattos em 1842 e depois enfeitada por outros autores dos séculos XIX e XX, incluindo Tenreiro que reduziu o escravo Amador de rei de São Tomé a rei dos Angolares para negar a existência da escravidão em São Tomé. Ao contrário do que Almeida pensava, foi a linguística que, junto com a história, contribuiu para resolver o problema da origem dos Angolares.

Pescador angolar (1990)



(retirado da net)
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