Moda Africana - Tecidos e panos tradicionais

Valores étnicos e morais.
Os motivos dos panos variam nas cores roxo, rosa, verde, preto, ouro, cinza, castanho, azul, vermelho, prata, branco e amarelo, cada uma com um significado em paticular.

Os colonos, não só introduziram os panos, como também as técnicas manufacturadas para a fabricação deles, tanto a tecelagem, como o processo de impressão ou estampagem, onde mergulhava-se os desenhos em tintura vegetal e eram impressos em panos brancos de algodão, estendidos ao comprimento.

O povo Akan (tribo originaria do Ghana), tem contribuído imenso na fabricação dos tecidos africanos- Kente – hoje tido como ícone do património cultural africano no mundo.
O kente é identificado pelos seus deslumbrantes e multicoloridos padrões de cores brilhantes, formas geométricas e desenhos ousados (típicos do povo africano).
O Kente caracteriza-se pela trama tecida em todos os modelos disponíveis, chamado de ponto de tafetá adweneasa.

O pano africano- quando digo pano africano, refiro-me ao produzido de forma manufacturada em África – é apreciado no mundo todo. É é também, graças ao empenho do povo na sua produção, que hábitos e costumes do nosso continente são conhecidos no exterior.
Os panos só passaram a fazer parte da cultura do povo africano, quando este começou a produzi-lo, adaptando-o as suas necessidades e gostos.

Existem países em África em que o uso do pano é feito indiscriminadamente (sem distinção de sexo, idade ou ocasião), ao contrário de alguns grupos de angolanos que têm pavor de usar um elemento essencial para a nossa identificação cultural.

Este fabrico levou a distinção de tribos e grupos etários dentro destas por meio da cor e estampas – estas, produzem os panos nas suas aldeias e o trabalho é executado por mulheres e crianças – a produção não é exclusivamente interna, como também é um meio usado para o sustento das tribos – com a venda – na obtenção de produtos não cultiváveis, como é o caso do povo Muíla – oriundo de Angola (província da Huíla) – que produz manufacturadamente o pano Samakaka, com motivos florais, usado entre tribos Muíla e comercializado no exterior das aldeias.

Este pano, é de uma beleza tal, que os chineses introduziram no seu leque têxtil (por sinal como seu!) e é produzido em grande escala e sem a beleza artesanal unicamente feita pelos Muíla, tal como William Morris (impulsionador do Movimento de Artes e Ofícios) repudiava na sua época.

Embora exista um sem número de fabricantes de pano, ainda não é possível exportar-se (em grande escala) os panos africanos -a Estandardização é baixa!
O reduzido número de operários,faz com que haja pouca produção e os produtos são exportados numa escala muito reduzida.
Países como o Ghana, Kenya, Nigéria, Namíbia, Congo e África do Sul, são grandes produtores do pano africano manufacturado e industrializado.
Quero desde já agradecer ao bog Erudito pelos dados aqui postados.

kiss a todos